Conitec abre consulta pública sobre incorporação do fumarato de
dimetila. Terapia é usada em todo mundo por quase 250 mil pacientes. Médicos,
pacientes e familiares podem opinar sobre o medicamento
Esclerose Múltipla pode ter novo tratamento coberto pelo SUS
Esclerose múltipla pode ganhar reforço no arsenal terapêutico do Sistema Único de Saúde (SUS)
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de
Saúde (Conitec), anunciou, em 19 de abril, a abertura de consulta pública para
a incorporação do medicamento oral fumarato de dimetila, indicado para o uso
após a 1ª falha de tratamento da esclerose
múltipla ou falta de aderência ou intolerância às formas parenterais
(intramuscular ou subcutânea de glatirâmer e betainterferona), pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). Para participar, médicos, pacientes, familiares e
cuidadores podem acessar o link
http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas e dar sua opinião até o dia
16 de maio.
A esclerose múltipla é uma
doença autoimune, inflamatória do sistema nervoso central. Crônica e
recidivante, pode levar a sintomas que são altamente variáveis entre um surto e
outro e de uma pessoa para outra.
Por isso a importância de adequar o melhor medicamento ao perfil do
paciente. Para isso acontecer, é preciso contar com um arsenal terapêutico
diverso, que seja eficaz para os distintos momentos de cada paciente e que
permita integrá-los, quando necessário.
O fumarato de dimetila é indicado para a esclerose múltipla recorrente remitente (EMRR), que se caracteriza
por ataques repetidos (surtos) de sintomas do sistema nervoso.
Lançado nos Estados Unidos em 2013, chegou ao Brasil já em 2015. É
considerado o tratamento oral para EMRR mais prescrito do mundo, com quase 250
mil pessoas no total e mais de 1 mil no Brasil.
A diferença, além de sua eficácia e segurança demonstradas por estudos
clínicos, está na sua administração - via oral - que contribui para o aumento
significativo da aderência ao tratamento.
A esclerose múltipla ocorre mais frequentemente entre 20 e 40 anos de
idade, é 2 a 3 vezes mais comuns em mulheres e atinge mais de 30 mil
brasileiros.
Fonte: Segs