Estava lendo um a artigo sobre sexualidade da pessoa com deficiência,
este parágrafo, me chamou muito a minha atenção e me chocou: “A fertilidade das
pessoas com deficiência é frequentemente e terrivelmente banida pela
esterilização ou aborto forçado ou coagido”.
Essa prática de longa data e ampla disseminação é frequentemente feita
para supostamente (e erroneamente) ‘proteger’ mulheres contra a gravidez que
pode seguir o abuso sexual ou do crime de honra que poderia seguir a gravidez. “Em
muitos países, a legislação permite que pais obriguem menores de idade a se
submeterem a esses procedimentos sem o seu consentimento”. Chocou-me, porque
quero ser mãe, meu sonho. Já tive um aborto espontâneo, 9 semanas, sofri
horrores. Ai eu leio isso, a sociedade, realmente, não enxerga as pessoas com
deficiência, como sendo um ser humano, mas sim como um bicho, um animal!!!!!
Como assim, você tira o direito da pessoa de reproduzir??????
Ah, é bicho, vamos castrar que ai, o trabalho é menor, tem
deficiência, não tem direito a prazer, a sonhos, a vida, deixa esse peso morto
ai, de lado, isolado… O estigma e o preconceito sobre as pessoas com
deficiência permanecessem, por causa da supervalorização da deficiência, como a
falha mais visível, infelizmente.
Fazendo com que a percepção de nós mesmos, pessoa com deficiência,
como sujeitos humanos globais”, se torne invisível. A pessoa com deficiência
tem que ser um homem ou mulher em busca de prazer, com responsabilidade e
equilíbrio, seguros de sua capacidade de envolver o ser amado e de se
apaixonar, tem o direito a exercer uma vida sexual satisfatória e na
possibilidade de conquistar afeto e autonomia por meio de vivências afetivo-sexuais.
A sexualidade está integrada ao desenvolvimento da afetividade, pode
entrar em contato você mesmo e, lógico, com o outro, subsídios essenciais para
a formação da nossa autoestima. A cultura da nossa sociedade acha que a
sexualidade é para apenas reprodução e prazer genital, esquece-se do valor dos
sentimentos e emoções que vem do processo educacional e da vivencia do sujeito.
Todos podem viver de forma saudável e inteiramente. A sexualidade de
cada um, vai de encontro com as circunstancias lhe permitem. A pessoa com
deficiência é e tem que ser vista, como um ser humano, com direito e deveres.
Pode viver a sexualidade como ela quiser e, claro, conseguir e caso,
queira ter filho ou não, é um “problema” do casal. A sociedade tem que
respeitar a pessoa com deficiência, para isso a sociedade precisa se despir de
preconceitos, especialmente na hora de lidar com pessoas, que infelizmente, não
sabemos bem o porquê, estão fora do que é considerado padrão na sociedade.
Características como essas são essenciais para desmistificar a
sexualidade das pessoas com deficiência.
Por Damião Marcos e Carolina Câmara.
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