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É Muita areia Pro meu Caminhão!

Publicado em 28 julho 2012 por Damião Marcos
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Olá pessoal da paz, há algum tempo um amigo tetraplégico me contou uma experiência que aconteceu com ele e essa experiência me inspirou a escrever esse texto.


Ele disse que uma moça não deficiente conhecida dele em um determinado tempo passou a ficar o observando se aproximando e buscando ter certa intimidade com ele, por se tratar de uma moça bonita e bem apresentada ele achava que a moça só queria ajudar e que na verdade tinha pena dele.

O nosso colega estava redondamente enganado a moça estava gostando dele queria namorar e casar com ele, mais o amigo não conseguia visualizar isso entendendo que por ser deficiente tetraplégico esse tipo de relação estaria fora de cogitação.

A moça insistiu e percebendo que da parte dele nada iria acontecer, ela finalmente abriu o seu coração e fez conhecido a ele todo o seu sentimento de amor e companheirismo.

Hoje eles são casados formam um par maravilhoso e estão muito felizes, diante disso eu te pergunto quem era o grande inimigo do nosso colega tetraplégico?

Preconceituoso consigo mesmo ele era seu próprio inimigo e um fato curioso é que situações como essa acontece constantemente conosco pessoas com deficiência.

Você já ouviu aquela frase: É muita areia pro meu caminhão?

Essa é uma frase verdadeira e atuante em nossas vidas principalmente em virtude da deficiência, a pessoa diz: nossa trabalhar naquela multinacional com aquele salário é muita areia pro meu caminhão.

Eu namorar aquela moça ou aquele rapaz, nunca é muita área pro meu caminhão.

Casar, ter filhos, comprar um carro uma casa impossível, isso é muita areia pro meu caminhão.

O nosso colega achou que a linda moça era muita areia para o seu caminhão, no entanto hoje ele vive feliz e seu caminhão está cheio, não mais de areia e sim de paz, amor e felicidade.

Não seja você mesmo o seu próprio inimigo, não se esconda por trás da sua deficiência, vamos à luta sempre galera, é muita areia pode até ser, mais eu tenho certeza que o seu caminhão aguenta!

Pessoal deixem seus comentários ao final dessa postagem, isso irá nos ajudar na elaboração de novos artigos, obrigado.

Sobre o autor:

É Paulistano, tem 37 anos, atualmente está se formando em psicologia, milita na causa das pessoas com deficiência há muitos anos, é pessoa com deficiência e sonha com um país mais justo e verdadeiramente inclusivo.

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5 comentários:

Márcio Vaz

Gostei do texto, bem real, no meu livro trago uma experiência bem parecida, de um romance que de início passou pelo descredito. Inclusive uso o termo, sendo que era muita água para meu caminhão pipa. Foi bem no início do meu acidente, época em que eu não me aceitava, mas o importante é que no final dei conta do meu abastecimento. Conheça meu Site: www.marciovaz.net - meu livro lanço em agosto. Abraço.

Walter

É muita areia para meu caminhão

Às vezes não é nem o caminhão, ou a areia, pode ser medo de uma certa “cornografia”, muitas vezes quando você está lutando é quando deveria estar descansando e esperando confiante, mas confiando em que, em quem? Em si mesmo? E seu esquadrões de lorotistas mentais aquela "entidades invisíveis" que ficam descarregando preconceitos, conceitos, expressões e impressões mentais.É essa legião que nos atrapalha o nosso inimigo.
Às vezes não é tão simples quanto parece, não se pode viver em outro universo, se você nem pode ter os pés no seu próprio universo, eu acho que o resto é exceção, poesia, ou sonho. É preciso ser feliz hoje agora, mas e os muros, tabus e a própria realidade que pode não ser verdadeiramente a quantidade exata de areia para o caminhão, que não poderá voltar para um segundo, ou terceiro carreto. E o pedreiro, arquiteto engenheiro, para construir... A mulher, onde a deixei se é que a encontrei. Às vezes é sarna pra se coçar. Aí me dizem comer e coçar é só começar...
Abraços Damião e Elias Viu as lorotas rs.

Fábio Florentino

achei super bacana essa publicação e digo que isso muitas vezes passou comigo na minha adolecencia mas agora eu superei e digo me dou muito bem com as mulheres.

Carlos Soares

Esta história me lembra muito o filme "Colecionador de Ossos" com Denzel Washington e Angelina Jolie, apesar de ser um filme policial, no final termina como o nosso amigo tetraplegico. Não somos acostumados a ver na vida real ou ficção um par romantico em que um dos personagens seja deficiente e em todos os programas publicos ou privadas a palavra inclusão sempre é colocada no ambito do trabalho, estudos, lazer, raramente alguém fala sobre o emocional, amor como casal querendo formar uma familia.

Abçs

Claudia Lua

É verdade amigo existe preconceito dentro do nossso meio ou seja entre os proprios deficientes .....isso tem que ser revisto ,mais mesmo sendo muita areia para o nosso caminhão , que tal fazer varias viagens mais carregar a areia toda não é mesmo ?

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