É fato
afirmar que depois da criação do senso comum as coisas ficaram um pouco mais
complicadas principalmente em relação às pessoas com Deficiência.
O
preconceito já existente aliado ao senso comum tem atrapalhado e vitimado
muitos deficientes na busca por inclusão social, respeito e dignidade, não é
possível às pessoas se apoderarem de um senso comum e querer transformar esse
senso em uma lei ou caminho a ser seguido.
No senso
comum as pessoas dizem e acreditam que todas as pessoas com deficiência
intelectual ou mental é louco e não podem ser inseridos na sociedade, o que elas não
sabem é que essa deficiência possue níveis de gravidade, ou seja: leve, moderada e grave, dai fica mais
fácil para elas generalizarem, e dizer são todos loucos e pronto.
Enfrentar o
diferente nunca foi uma tarefa fácil, mais na busca por inclusão social,
respeito e dignidade esse enfrentamento tem que acontecer só assim é possível a
quebra de paradigmas.
Isso me faz
lembrar uma experiência muito linda que tive quando ainda trabalhava no Padef –
Programa de Apoio as Pessoas com Deficiência, tínhamos alguns candidatos com
deficiência intelectual ou mental de grau leve e estávamos tendo bastante
dificuldade de inseri-los no mercado de trabalho por conta do preconceito e do
medo que algumas empresas tinham de lhe dar com esses diferentes.
Foi quando
surgiram algumas vagas de empacotador em uma grande rede de supermercados
pensei comigo é agora, vou tentar colocar esses candidatos para preencherem
essas vagas, entrei em contato com o setor responsável pela colocação de
deficientes nas vagas em aberto e apresentei o desafio.
Como já era
de se esperar houve uma relutância muito grande e a pessoa responsável dizia,
mais como vou colocar esses deficientes mentais aqui? Eles podem pegar uma faca
e agredir os clientes, podem roubar quebrar tudo etc.
Então
expliquei com calma e disse: eles tem deficiência intelectual/mental de grau
leve tem um pouco de dificuldade no raciocínio rápido lógico, mais conversam
bem são atenciosos e vão dar conta do recado até porque a atividade de
empacotador não é tão complexa assim.
Depois de
muita conversa e insistência conseguimos inseri-los em caráter experimental e
depois de cerca de um mês a boa noticia chegou.
Recebemos o
telefonema do supermercado nos parabenizando pelo trabalho e dizendo estar
extremamente feliz e satisfeito com o desempenho dos candidatos com deficiência
mental leve e ainda disse que se tivéssemos mais candidatos com essa
deficiência poderíamos enviar sem problema que eles seriam contratados.
Quando o preconceito é vencido e o
medo de lidar com o diferente subjugado acontece à quebra de paradigmas, a
quebra de paradigmas vence o senso comum que acaba dando lugar à inclusão
social, respeito e dignidade para as pessoas com deficiência.
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