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Emprego para Pessoas com Deficiência ?

Publicado em 10 Fevereiro 2012 por Damião Marcos
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Galera a nossa postagem de hoje se trata de um assunto de extrema importância, por favor não deixe de comentar e deixar registrado aqui o seu ponto de vista com relação a essa máteria tão significativa.
Pessoal compartilhe essa matéria, envie para vários lugares precisamos fazer alguma coisa, a injustiça e o preconceito não pode reinar desse jeito.

Recebo muitos emails indicando vagas de emprego para pessoas com deficiência, e acho estranho que 95% das vagas são – peço desculpas pela sinceridade – de subempregos. Me parece que o pessoal do RH das empresas pensa que uma deficiência aniquila todo e qualquer talento de um ser humano.





Conheço muitas pessoas com deficiência que cursaram ótimas faculdades, fizeram pós-gradução, falam outra(s) língua(s) e são tão capazes quanto quaisquer pessoas ‘normais’ com as mesmas qualificações. Só porque possuem uma deficiência devem aceitar um emprego no qual vão ocupar 1% do seu potencial? Tem alguma coisa errada aí.

Há uma lei (Lei nº 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas) que obriga as empresas a reservar uma cota de vagas para PCD’s. As minhas hipóteses são as seguintes:
  • As empresas são muito espertinhas e, como a lei não especifica que as vagas reservadas devam contemplar funcionários com diferentes escolaridades, se aproveitam desse ‘furo’ e reservam apenas vagas de escolaridade mínima, oferecendo, em 95% dos casos, somente vagas para primeiro e segundo graus incompletos.
  • O RH das empresas não tem tempo/vontade/paciência para aprender as peculiaridades de cada deficiência e, assim, poder diversificar a oferta das vagas, contemplando primeiro grau, segundo grau, terceiro grau e pós-gradução.
Quem perde com isso? Todos nós! Se você se esforçou para cursar uma faculdade, aprender outra língua, se aprimorar profissionalmente e tudo o mais, isso não vai ter valor algum na hora de procurar emprego. Para trabalhar, o deficiente se vê encurralado:
  • Ou começa a estudar para concursos públicos;
  • Ou aceita empregos inferiores à sua real qualificação, ganhando 1/5 do que efetivemente poderia ganhar se estivesse num cargo condizente com a sua qualificação;
  • Ou encontra uma empresa que ofereça um cargo fora da cota cujas atribuições sejam compatíveis com a sua deficiência (é raro, mas alguns conseguem);
  • Ou abre a sua própria empresa (ainda mais raro).
Incrementar a diversidade é um ato TÃO legal, e que pode trazer resultados que irão refletir em TANTAS áreas da vida de TANTOS seres humanos. Como não percebem isso? Um surdo oralizado, por exemplo. Do que ele precisa para realizar bem o seu trabalho numa empresa? Internet, email, SMS, alguns até falam no telefone!!
Alguém aqui conhece uma pessoa com deficiência que ocupe um alto cargo em alguma empresa? Eu não, e isso me entristece. Porque um deficiente não pode ser um grande executivo, chefiar uma equipe, representar uma grande companhia?
Não queremos FAVORES, queremos apenas OPORTUNIDADES. De poder lutar por uma vaga que nos interessa e que tem a ver com a nossa formação. E que essa maldita cultura de que o máximo que um deficiente vai conseguir é terminar o segundo grau desapareça. Um cargo “x” pode ser disputado tranquilamente entre um ‘normal’ e um ‘deficiente’ caso a empresa ofereça a acessibilidade que o deficiente necessita para trabalhar bem. Na minha visão, é muito simples.
E outra: com tanta acessibilidade disponível hoje, porque não cursar uma faculdade e conquistar o mundo, se assim desejar? Cá entre nós, eu ODEIO esse pensamento coletivo de que deficiente é incapaz e nem adianta estudar muito porque nunca vai conseguir alcançar o que os ‘normais’ alcançam. Credo. Isso me dá calafrios!!!! E o pior é que esse pensamento está incrustrado não só na mente das pessoas que não possuem deficiência nenhuma, mas principalmente na mente das que possuem.
Quem conhece empresas que vão contra tudo isso e têm funcionários PCD’s em cargos de diversas complexidades, conte aqui. E contem também o que vocês pensam sobre tudo isso.

Galera essa matéria é oriunda do site: cronicasdasurdez.com
Visitem esse site e faça parte e prestigiem.

Sobre o autor:

É Paulistano, tem 37 anos, atualmente está se formando em psicologia, milita na causa das pessoas com deficiência há muitos anos, é pessoa com deficiência e sonha com um país mais justo e verdadeiramente inclusivo.

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4 comentários:

Edézio Vieira

A cada postagem que recebo deste,, vejo quão importante é o fato de se expressar,,sinto na carne toda a realidade aqui descrita,,,sou considerado "deficiente" desde meus 2 anos de idade quando fui acometido pela PÓLIOMELITE,,,hoje, com 39,,,observo a dificuldade que passei,,,posso dizer que a pior foi na adolescencia e juventude,,,quando a interatividade com a faixa etária é dificil,,a locomnoçào,,,a aceitação nos grupos de jovens,,e coisas do tipo,,,,mas como o tópico aqui é TRABALHO DIGNO,,digo que recentemente me formei em ADMINISTRAÇÃO,,,fiz uma parte do curso de inglês,,,mas me vi pensando,,, bem,,prerciso de conhecimentos,,,preciso de conteúdo,,,mas,,,e o mercado,,,vai me absover como um profissional?,,,vai me permitir oferecer meu profissionalismo?,,,como já foi comentado no artigo,,,,as empresas não oferecem cargos de executivos a deficientes,,,e acerdito que isso se dá pelo motivo estético,,,,eles não se veriam como uma empresa de reconhecimento em sua area de atuação,,,e sim,,,como "aquela empresa do deficiente",,,,isso iria macular a imagem,,,,eles deixam de saber que não somos meia dúzia de consumidores,,,e sim,,,MILHÕES,,,,sei que é dificil,,,e até mesmo,,,impossivel,,,BOICOTAR algumas,,,afim de possamos demonstrar nossa EXISTENCIA. É tanta a revolta,,que fica dificil expressar,,,

Edézio Vieira

Gostaria que postagem algo sobre deficientes politicos,,,quero saber a respeito de experiencias vividas nessa area,,,estou pretendendo pleitear uma cadeira no legislativo municipal,,aqui na minha cidade,,,Ivinhema - MS. Forte abraço.

Anônimo

Boa noite,
Sou vítima desta caso.Trabalho em um multinacional qual nos trata desta forma...é uma pena não temos um plano de carreira definido

Damião Marcos

Precisamos nos unir mais, para combatermos esses abusos.

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